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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Wellington efetuou pelo menos 60 disparos, diz polícia


Wellington Menezes usou dois revólveres para matar estudantes em escola de Realengo
a Civil do Rio de Janeiro informou nesta sexta-feira (8) que Wellington Menezes de Oliveira efetuou pelo menos 60 disparos no interior da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste, quando 12 alunos morreram na manhã da última quinta-feira (7).

Segundo agentes da Divisão de Homicídios, o número de tiros foi calculado com base na quantidade de cápsulas recolhidas no chão do colégio.
A Divisão de Homicídios informou ainda que uma das armas usadas pelo atirador pertencia a um homem que morreu em 1994. O filho dele prestou depoimento na delegacia e contou que o revólver foi furtado na época. Os agentes tentam descobrir como o armamento foi parar nas mãos de Wellington.
O outro revólver usado pelo atirador estava com a numeração raspada e ainda não foi possível descobrir a sua origem.
Na ocasião do ataque, Wellington usava um recarregador automático de revólveres, que acelera e facilita o carregamento das armas - um calibre ponto 38 e outro ponto 32.
O uso do "jet speed" ou "speed loader", uma espécie de roleta que armazena os projéteis de revólver e dá velocidade ao recarregamento, demonstra que ele queria ser rápido e pretendia causar o maior número de mortes possiveis.
Ele também tinha um cinto de guarnição, semelhante ao usado por PMs, onde haviam ainda 18 munições intactas.
Problemas mentais
Segundo o titular da Divisão de Homicídios, delegado Felipe Ettore, há indícios relevantes de que Wellington fosse portador de transtornos mentais.
O delegado explicou que busca traçar um perfil psicológico do assassino para tentar descobrir as motivações crime. Para isso, quer convocar “todas as pessoas que forem importantes”.
Ettore confirmou que colheu depoimentos da irmã adotiva e de mais dois primos do atirador,
“Com os relatos que tivemos dos familiares dele e da pessoa que cortava o cabelo dele, [Wellington] era uma pessoa que tinha viés de doença mental, que era muito introvertido e se manifestava com uma certa incoerência”, afirmou o delegado.
A hipótese é que Wellington era esquizofrênico, assim como sua mãe biológica. Porém, como não é possível confirmar o diagnóstico, uma vez que transtornos mentais se confirmam pelo comportamento da pessoa, as investigações contarão com ajuda de médicos criminalistas.
“Como a mãe biológica dele, segundo os familiares, era portadora de esquizofrenia, isso também é um indicativo de que ele teria essa doença, que é hereditária”, explicou Ettore.
Entre os hábitos considerados “esquisitos” do assassino, o delegado citou o fato de Wellington, desde “muito novo”, usar calça comprida e camisa para dentro da calça, além de cortar o cabelo religiosamente a cada 30 dias em Realengo, lugar distante da casa dele. Wellington morava em Sepetiba, na zona oeste.
Ettore descartou que tenha havido motivação religiosa para o crime, embora na carta que Wellington deixou houvesse referências a rituais religiosos. No texto, o atirador falava de como gostaria de ser enterrado e onde, e ainda pediu que a casa em que morava fosse doada a instituições que cuidam de animais.
Ontem, ao anunciar que Wellington tinha deixado uma carta, o subprefeito da zona oeste, Edmar Teixeira, informara que o rapaz teria escrito ser portador do vírus da aids, mas, quando o conteúdo foi revelado, esse dado não se confirmou.

Fermilab pode ter encontrado nova partícula.

Físicos do Laboratório Nacional Fermi, o Fermilab, dos EUA, anunciam nesta quarta-feira a descoberta de um sinal suspeito em seus dados, que pode ser prova da existência de uma nova partícula elementar ou, mesmo, de uma nova força da natureza.
Os resultados, caso se sustentem, poderão representar um espetacular último adeus para o Tevatron, que já foi um dos mais potentes aceleradores de partículas do mundo, mas que deverá ser desativado em definitivo até setembro, quando termina a verba do Fermilab para operá-lo.
“Ninguém sabe o que é”, disse Christopher Hill, um físico teórico do Fermilab que não faz parte da equipe que pretende anunciar a descoberta. “Se for real, será a descoberta mais importante da física no último meio século”.
Uma possível explicação para o sinal misterioso, dizem os cientistas, é que seja prova de uma nova e inesperada versão do bóson de Higgs, uma partícula buscada há tempos. Essa é uma partícula elementar hipotética que, de acordo com a teoria dominante conhecida como Modelo Padrão, é responsável por dotar outras partículas elementares com massa.
Outra explicação é que seja evidência de uma nova força da natureza – em adição à gravidade, eletromagnetismo e às duas forças nucleares, a forte e a fraca que já conhecemos e que nos espantam – que se manifestaria apenas em distâncias muito curtas, como as do interior do núcleo atômico.
Qualquer uma dessas possibilidades poderá abalar o que vinha passando como sabedoria convencional na física nas últimas décadas, Ou pode ser que haja algo na física convencional que os cientistas ainda não entendem bem.

Giovanni Punzi, o físico que atua como porta-voz do grupo que fez os experimentos, disse por email que ele e seus colegas estão “muito entusiasmados com a possibilidade, e cautelosos ao mesmo tempo, porque isso seria tão importante que assusta – então pensamos em todas as explicações alternativas”.
Físicos de fora do círculo do Fermilab dizem ver os resultados, que vêm sendo discutidos informalmente há meses, com uma mistura de espanto e ceticismo.
“Se se sustentar, é grande”, disse Neal Weiner, físico teórico da Universidade de Nova York. Lisa Randall, teórica de Harvard, disse a mesma coisa: “É definitivamente interessante, se for real”.
Mas Nima Arkani-Hamed, do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, disse que não acha o sinal convincente, afirmando que pode ser um efeito espúrio, gerado pela forma como os dados foram analisados.
O importante, disse ele, é que se essa e outras anomalias recentemente informadas pelo Tevatron forem reais, então o Grande Colisor de Hádrons, o LHC, uma máquina rival controlada pelo Centro europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) “verá provas dramáticas dentro de pouco tempo – isso é certamente o que esperamos”.
A frase essencial é, todos concordam, “se se sustentar”. Os autores dos experimentos estimam que há uma chance de menos de um quarto de 1% de que o sinal seja uma flutuação estatística, o que faz dele o que os pesquisadores chama de um resultado três-sigma, o suficiente para chamar atençã, mas não o suficiente para que se reivindique a autoria de uma nova descoberta. Sinais três-sigma, sabem os físicos, podem ir e vir.
O Tevatron vem colidindo feixes de prótons e de seus opostos, antiprótons, acelerados a energias de 1 trilhão de elétron-volts, por mais de duas décadas, em busca de novas forças e partículas. O sinal apareceu na análise de cerca de 10.000 colisões registradas pelo Detector Colisor do Fermilab, um dos dois detectores da instalação, que fica nos arredores de Chicago.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

'É o meu segundo filho baleado', diz pai de vítima

"Não chora, pai. Estou bem." Estas foram as primeiras palavras da estudante Renata Lima Rocha ao encontrar seu pai, o armador de construção civil Nilson Oliveira Rocha, depois de deixar o centro cirúrgico do Hospital Albert Schweitzer. Ela é uma dos 13 estudantes feridos na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, que conseguiram sobreviver à tragédia. "É meu segundo filho baleado", desabafou o pai na porta do hospital.
Segundo Nilson, Renata, de 13 anos, contou que o assassino entrou na escola com duas armas e logo deu início aos disparos. "Primeiramente, na garotinha que estava mais próxima a ele. Colocou a arma na cabeça dela e disparou. Então, Renata disse que tentou fugir no momento em que ele (o atirador Wellington Menezes de Oliveira) foi recarregar os revólveres, mas mesmo assim ela foi atingida nas costas", contou o pai com base no relato que ouviu da estudante.
Nilson acrescentou que mesmo atingida, Renata resolveu continuar a fuga: "Ela pensou que se ficasse sentada, o assassino poderia atirar de novo. Então, ela correu em direção às escadas e conseguiu deixar a escola. Foi quando apareceu um anjo para ajudá-la. No hospital, Nilson não conseguiu encontrar o frentista desempregado José Marques Sobrinho, que saía de casa quando ouviu o pedido de socorro de Renata. Ele só conseguiu agradecer ao motorista que passava pela rua e levou sua filha até o hospital. "Quero agradecer a todos pessoalmente. Minha filha nasceu de novo."
Ele lembrou que em 2009 seu outro filho, então com 17 anos, foi baleado no braço dentro de casa em Realengo durante uma operação policial. "Pegou no braço de raspão mas o projétil parou no pé dele. Meu filho jogava futebol e foi obrigado a abandonar o esporte", lamentou.
Nilson finalizou dizendo que Renata está na enfermaria e não corre mais risco de morrer.

Pelo menos,uma vítima está sem riscos de morte (:

Menina protege amiga e morre.

Maria José dos Reis Rocha, de 59 anos, era uma avó orgulhosa de duas alunas da 7ª Série da Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Agora, é uma avó desolada. As suas duas netas, Bianca e Brenda, gêmeas de 13 anos, foram baleadas pelo atirador que entrou no colégio na manhã desta quinta-feira. Brenda passa por cirurgia, Bianca não resistiu. Ela teria morrido tentando proteger a amiga L., que se fingiu de morta para garantir a vida.
A avó de Bianca soube por L. o que aconteceu na sala de aula. Contou que Bianca se colocou à sua frente e acabou sendo baleada. Os pais de L. a levaram para um hospital, de acordo com vizinhos que estavam no local. O iG foi até a casa da menina, também de 13 anos, mas não encontrou ninguém. Segundo vizinhos, L. está em estado de choque. Uma das vizinhas, Alessandra Monique Souza Guimarães, disse ter tentado abraçar a menina, quando ela se encolheu tremendo. Afirmou que L. contou que o atirador foi conferir se tinha matado todas as meninas e por isso ela, e outras, se fizeram de mortas.
Maria pouco entendeu quando a mãe de Brenda e Bianca, Renata, entrou em casa, pegou documentos e saiu. Paraplégica, ela se arriscou em um mototáxi para chegar ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), onde Brenda, atingida no braço, seria submetida a uma cirurgia. “Ela ficou tão desesperada que pegou o mototáxi. A mãe delas está em estado de choque. Na hora que chegou em casa, pegou os documentos e saiu. Não disse nada. Graças a Deus eu tenho bons vizinhos que tomaram todo o cuidado para me dar a notícia, porque tenho duas pontes de safena. A única informação sobre a Brenda é que estaria reagindo bem à cirurgia”, contou.
A senhora, emocionada, lembrou que as duas sonhavam como seria uma festa de 15 anos para gêmeas. E disse que Bianca morreu para salvar uma amiga da escola. L. teria fingido a própria morte para escapar da fúria do atirador, que acabara de atingir sua amiga na cabeça.

 Bianca

Brenda

Atirador que invadiu escola no RJ


Reprodução carta atirador (Foto: Reprodução)

Reprodução de carta deixada por atirador
Na carta encontrada com o atirador que abriu fogo dentro da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, na manhã desta quinta-feira (7), Wellington Menezes de Oliveira fala de questões religiosas e dá indícios de que o ataque foi premeditado, além de pedir perdão pelo crime. 11 crianças morreram e 13 estão feridas, sendo que quatro em estado grave.
Wellington Menezes de Oliveira, homem que atirou contra escola municipal Tasso de Oliveira, em Realengo (Foto: Reprodução/TV Globo)Wellington Menezes de Oliveira, homem que atirou
contra escola municipal Tasso da Silveira,
em Realengo (Foto: Reprodução/TV Globo)
Leia trechos da carta:
“Primeiramente deverão saber que os impuros não poderão me tocar sem luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas, ou seja, nenhum fornicador ou adúltero poderá ter um contato direto comigo, nem nada que seja impuro poderá tocar em meu sangue, nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem sem sua permissão, os que cuidarem de meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco que está neste prédio, em uma bolsa que deixei na primeira sala do primeiro andar, após me envolverem neste lençol poderão me colocar em meu caixão. Se possível, quero ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme. Minha mãe se chama Dicéa Menezes de Oliveira e está sepultada no cemitério Murundu. Preciso de visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante de minha sepultura pedindo o perdão de Deus pelo o que eu fiz rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida.”
"Eu deixei uma casa em Sepetiba da qual nenhum familiar precisa, existem instituições pobres, financiadas por pessoas generosas que cuidam de animais abandonados, eu quero que esse espaço onde eu passei meus últimos meses seja doado a uma dessas instituições, pois os animais são seres muito desprezados e precisam muito mais de proteção e carinho do que os seres humanos que possuem a vantagem de poder se comunicar, trabalhar para se alimentarem, por isso, os que se apropriarem de minha casa, eu pelo por favor que tenham bom senso e cumpram o meu pedido, por cumprindo o meu pedido, automaticamente estarão cumprindo a vontade dos pais que desejavam passar esse imóvel para meu nome e todos sabem disso, senão cumprirem meu pedido, automaticamente estarão desrespeitando a vontade dos pais, o que prova que vocês não tem nenhuma consideração pelos nossos pais que já dormem, eu acredito que todos vocês tenham alguma consideração pelos nossos pais, provem isso fazendo o que eu pedi."
Segundo o subprefeito da Zona Oeste, Edmar Peixoto, Wellington também afirmou na carta que era portador do vírus HIV.
Reprodução carta atirador (Foto: Reprodução)Reprodução de outro trecho da carta do atirador
O ataque
Wellington, de 23 anos, entrou em uma escola municipal nesta manhã, atirou contra alunos em salas de aula lotadas, foi atingido por um policial e se suicidou. O crime foi por volta das 8h30.
Conhecido na escola por ser ex-aluno, ele teria entrado sob alegação de que iria fazer uma palestra. Seu corpo foi retirado por volta das 12h20, segundo os bombeiros. De acordo com a polícia, Wellington não tinha antecedentes criminais.
Segundo testemunhas, Wellington baleou duas pessoas ainda do lado de fora da escola e entrou no colégio dizendo que faria uma palestra.A polícia diz que ele portava dois revólveres calibre 38 e equipamento para recarregar rapidamente a arma. Esse tipo de revólver tem capacidade para 6 balas.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ele falou com uma professora e seguiu para uma sala de aula. O barulho dos tiros atraiu muitas pessoas para perto da escola (se você presenciou o caso? Envie fotos e vídeos ao VC no G1).
O sargento Márcio Alves, da Polícia Militar, fazia uma blitz perto da escola e diz foi chamado por um aluno baleado. "Seguimos para a escola. Eu cheguei, já estavam ocorrendo os tiros, e, no segundo andar, eu encontrei o meliante saindo de uma sala. Ele apontou a arma em minha direção, foi baleado, caiu na escada e, em seguida, cometeu suicídio", disse o policial (veja abaixo a declaração, em reportagem do Jornal Hoje).
A escola foi isolada, e os feridos foram levados para hospitais. Os casos mais graves foram levados para o hospital estadual Albert Schweitzer, que fica no mesmo bairro o colégio.
Sobrevivente conta como foiUma das alunas lembra os momentos de terror na unidade. A menina de 12 anos disse que viu o atirador entrar na escola. Ela estava dentro da sala de aula quando ele abriu fogo contra os alunos.
“Ele começou a atirar. Eu me agachei e, quando vi, minha amiga estava atingida. Ele matou minha amiga dentro da minha sala”, conta ela, que afirma que estava no pátio na hora em que o atirador entrou na escola.
“Ele estava bem vestido. Subiu para o segundo andar e eu ouvi dois tiros. Depois, todos os alunos subiram para suas salas. Depois ele subiu para o terceiro andar, onde é a minha sala, entrou e começou a atirar”, completou.


Caros leitores,permitam-me dizer...como aquele CORNO MALDITO e DESMAMADO teve a coragem de fazer isto? Argh ¬¬

terça-feira, 5 de abril de 2011

ONU e França dizem que Gbagbo negocia 'rendição'

Autoridades da França e da Organização das Nações Unidas afirmaram nesta terça-feira que o presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, negocia sua 'rendição', após meses recusando-se a aceitar a derrota eleitoral para Alassane Ouattara, reconhecido internacionalmente como o líder legítimo do país.
Segundo a ONU, três generais leais a Gbagbo negociam os termos de sua rendição, em troca de garantias de segurança. O ministro francês das Relações Exteriores, Alain Juppé, confirmou que as negociações estão acontecendo. "Estamos muito próximos de convencê-lo a deixar o poder", afirmou, em Paris.
Com a ajuda de ataques aéreos de forças da ONU e da França, a oposição apertou o cerco contra o Gbagbo. Forças leais a Ouattara afirmaram nesta terça-feira ter controlado a residência presidencial em Abidjan. Segundo Alain Lobognon, porta-voz do primeiro-ministro Guillaume Soro, que apoia a oposição, Gbago estaria em um bunker. A informação não foi confirmada de forma independente.
Um porta-voz de Gbagbo, porém, confirmou que o palácio residencial foi alvo de pelo menos 50 ataques de helicópteros da ONU, que também destruíram um enorme campo de armamentos militares na segunda-feira. Sobre o paradeiro de Gbagbo, o porta-voz disse apenas que ele ainda está em Abidjan. Segundo ele, as partes estão negociando também condições jurídicas e de segurança para Gbagbo e seus familiares.
Forças pró-Ouattara declararam vitória em Abidjan. “Vencemos a batalha”, disse Cisse Sindou, vice-comandante das forças de Ouattara, à BBC.
O presidente americano, Barack Obama, voltou a condenar a resistência de Gbagbo. Em comunicado Obama expressou “profunda preocupação” com a situação na Costa do Marfim e pediu que Gbagbo deixe o poder imediatamente.
A crise na Costa do Marfim começou em novembro, quando o resultado das eleições - aprovado pela ONU - indicou a vitória de Ouattara. O governo, então, anulou o conteúdo de urnas no norte do país, afirmando que houve fraude, e declarou Gbagbo vencedor.

Simpatizantes de Ouattara e de Gbagbo se acusam mutuamente pelas mortes causadas pela onda de violência. Segundo o Comitê da Cruz Vermelha Internacional, ao menos 800 pessoas teriam sido mortas.Desde então o país vem sendo palco de disputas intensas entre forças leais aos dois lados, e na semana passada forças leais a Ouattara lançaram uma ofensiva militar para tentar retirar Gbagbo do poder.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que os ataques têm como objetivo proteger civis e não eram uma declaração de guerra a Gbagbo. O comandante das forças de paz da ONU no país, Alain Le Roy, disse que a decisão foi tomada com base em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que autoriza esse tipo de ação.
Segundo ele, a intensidade do uso de armamentos pelas forças de Gbagbo e os calibres das armas vinham aumentando fortemente nos últimos dias. A missão da ONU no país também teria sido alvo de ataques contínuos, segundo ele.
A ONU anunciou ainda que enviará à Costa do Marfim um representante para investigar um massacre de centenas de civis na cidade de Duekoue, no oeste do país, na semana passada.

Água de usina nuclear pode contaminar peixes e frutos do mar.

Peixes e frutos do mar estão ameaçados pela radioatividade em torno da usina nuclear de Fukushima, no Japão, e podem contaminar quem os ingerir. Por conta disso, especialistas recomendam consumir apenas peixes de procedência conhecida.
A situação deve ficar ainda pior, agora que a usina planeja despejar 11 mil toneladas de água radioativa no oceano Pacífico.
A Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da usina, argumenta que não há alternativa. O espaço ocupado pela água contaminada seria necessário para armazenar outro estoque de água, que inunda os reatores 1, 2 e 3 e dificulta o trabalho de resfriamento deles.
A água que deve ser despejada no mar é cem vezes mais radioativa do que o permitido, contudo ainda é bem menos contaminada que o estoque dos reatores ameaçados.
“Os átomos afetados são capazes de contaminar peixes e frutos do mar. Se ingeridos, esses alimentos se tornarão fontes de radioatividade no corpo”, afirma Antônio Carlos Fontes dos Santos, professor do laboratório de colisões atômicas e moleculares da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
O tamanho do estrago vai depender do nível de contaminação do peixe. Pequenas doses de radiação causam náuseas seguidas de vômito e também afetam o sistema digestivo.
“As alterações digestivas são frequentes porque esse tecido é muito sensível”, afirma Artur Malzyner, oncologista dos hospitais Albert Einstein e Edmundo Vasconcelos.
Se a contaminação for maior, a medula óssea pode ser atingida. Ela é muito vulnerável à radiação e pode causar anemia, afetando todo o sistema imunológico. “Os tecidos do aparelho reprodutor também são sensíveis, a pessoa pode se tornar estéril”, alerta o médico.
Caso a ingestão de peixes contaminados continue, outros órgãos podem ser afetados. A tireoide, glândula na região do pescoço, corre o risco de desenvolver tumores malignos. Pulmões também serão atingidos. Por último, o sistema nervoso.
A contaminação por radioatividade, a partir dos níveis mais elevados, pode ser fatal. “As opções de tratamento são apenas contra os sintomas, para evitar que a pessoa com vômito e náuseas fique fraca demais e corra risco de morrer, por exemplo”, conta o oncologista.
Também é preciso usar iodo, entre outros recursos, para evitar que a pessoa contaminada transmita radioatividade e contamine mais pessoas. “Existem técnicas experimentais usadas para isolar o efeito da radiação. Elas estão sendo testadas na radioterapia para, por exemplo, proteger o sistema nervoso em tratamentos contra tumor na faringe. Mas o proveito disso seria pequeno no âmbito de uma tragédia ambiental”, avalia.
Não adianta fritar
Se o peixe estiver contaminado, não adianta fritar ou cozinhar, radioatividade é algo mais complicado. A solução é descartar o alimento.
Peixes contaminados têm o mesmo aspecto de peixes saudáveis. Para detectar a contaminação é preciso usar um detector Geiger, que capta a emissão de radiação.
Além disso, é possível que a contaminação se espalhe para regiões distantes do Japão. Isso pode acontecer por causa da cadeia alimentar presente no oceano somado à migração dos animais. Ou seja, peixes contaminados podem ser ingeridos por outros peixes maiores, que cumpram jornadas longas de migração e se reproduzam em áreas distantes da costa japonesa.
O Brasil não importa uma quantidade relevante de peixe do Japão – apenas 30% do pescado consumido aqui vem de outros países e a maior parte desse total vem do Chile, da Noruega e da Argentina. Ainda assim, especialialistas recomendam comprar apenas peixes de procedência conhecida, mesmo em restaurantes.