O embaixador da Líbia na ONU, Ali Abdussalm Treki, renunciou ao cargo, segundo seu sobrinho, o também diplomata Soufian Treki.
Ele, que já foi chanceler da Líbia, condenou o "derramamento de sangue" provocado pelo regime do ditador Muammar Kadhafi, acusado de atacar civis para tentar debelar uma rebelião contra o governo.
Soufian Treki disse que seu tio está no Cairo.
"Decidi não continuar a trabalhar e não aceitar nenhuma tarefa", diz o comunicado. "Oro a Deus para que me ajude a participar da salvação dessa preciosa nação."
Ele pediu um grande diálogo nacional para resolver a crise política no país.
A Líbia enfrenta uma verdadeira guerra civil desde o começo deste ano, quando manifestações pedindo a renúncia do ditador Kadhafi, há 42 anos no poder, se tornaram confrontos violentos e passaram a ser reprimidos com força pelo regime.
No dia 17 deste mês, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução que valida quaisquer medidas necessárias para impedir um massacre de civis. Dois dias depois, a coalizão internacional liderada por Estados Unidos, França e Grã-Bretanha começou a bombardear a Líbia.
Uma série de diplomatas, militares e funcionários do regime renunciou desde o início da repressão aos rebeldes.
Na quarta-feira, Mussa Kussa, chanceler da Líbia e homem de confiança de Kadhafi, deixou o país e anunciou que estava deixando o cargo por não concordar com ataques a civis.
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